quarta-feira, outubro 26

Revolta

Desculpem lá



Mas estou tão triste que hoje só eu posso ter razão,
sinto tanto que mais ninguém sente como eu sinto...

As vossas definições valem zero..
As palavras de conforto soam-me a piedade

Não me interessa o que me possam dizer,
só eu sinto assim, eu sei o q sinto.
E quem assim sente tem de estravazar.

Que tudo vá a merda,
revolta-me explicar coisas a pessoas...
Que são pessoas sem explicação!

Há coisas q se sentem, não se dizem!
Amén! Haja quem entenda isto.
Tenho palavras que o meu silêncio pronuncia da melhor forma.
E são quase só minhas, sei que são.

Pessoas ocas... só conheço tresloucados,
basta-me um amigo que me abrace.
Sinto a falta da lambidela do meu cão.

Revolta-me a ignorância das pessoas cultas,
angustia-me a ausência consumada.
E sei que permaneço frio se teimar em não me tapar.

(Odeio ter de lhes dar um chá bem dado.)
(Gostava mesmo era de lhes dar o arroz. )

Não me defino por metades, branco ou preto!
Vivo os tons de cinzento, brinco com os talvez...
Porém, floreados só qd mos impõem.

Sim ou não!

Grito se me apetece... não se me dizem.
Choro se o sinto, nunca porque convém.
Mas sou tão fingido quanto o camaleão.
Se não se nota é porque ninguém atenta.

Confere?

Deus vos dê em dobro aquilo... daquilo que para mim desejaram.