quarta-feira, dezembro 28

Poema


Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu ando
a limitar a tua altura
e bebo a água e sorvo o ar
que te atravessou a cintura
tanto tão perto tão real
que o meu corpo se transfigura
e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é seu
num rio que desapareceu
onde um abraço teu me procura

Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te encontro

- Mário Cesariny, Pena Capital, 1982

segunda-feira, dezembro 26

Primeiras páginas


Pareceu-me interessante a ideia de poder ver os destaques pelo mundo fora...

sábado, dezembro 24

Silence, awakening

Foi apenas um sonho

Adormeço contigo no pensamento
Como ontem...
Como no dia anterior..
E todos os outros
Todos esses, em que sinto
O desespero de não te ter

Não sei bem como
Mas reconheço-nos numa praia
Num luar
Um diferente
Que vale por todos
Todos os outros que vi
E esses que nunca deslumbrei
Todos aqueles, que esta Terra já viu
E os tais, que sei que nunca irá ter

A razão para tal luar, ocorre-me
Num dos raros momentos de lucidez
Antes que a minha loucura por ti
Apanhe-me de vez
A razão, és tu



"Gota Azul" por João Lourenço.


Dás novos brilhos a essa lua
Desprovida de cores
Que em tons de branco e cinzento
Continua a brilhar
Pintas cores diferentes, na escuridão deste céu

E ali ficamos
A todas as estrelas
O teu nome, dar
A cada vaga do mar
Vejo uma desculpa infantil, para te beijar

Palavras atropelam-se
Toma-me de supresa, uma gaguez absurda
Ao tentar te dizer o que sinto
Intimidado
Calo-me, um silencio estranho paira no ar....
É apenas uma tentativa, de os meus olhos procurares



"Ligeia" por Cláudia P.


Fitando-nos
Passam horas
Serão dias?
E silêncio
Nada mais

Nada mais os outros vêem
Passam, e nem imaginam
Vêem, e nem contemplam
As promessas lançadas um ao outro
Promessas de "sempres"
De "tudos"
E de sentimentos
Que só tu e eu entendemos

Mãos sem jeito
Procurando cada centímetro do teu corpo tocar
Dar de mãos, atiradas a cada instante
Abraços que perduram
Permanecem depois de "acabar"
Pois nunca terminam
Existe sempre a promessa de mais um dar...



"The Awakening" statue at Haines Point.


Num rápido movimento de pálpebras
Morro
Apercebendo-me que fora apenas um sonho
Cruel ilusão
Mas logo desejo voltar a ela
Só esta vez
Só mais esta noite
Até o próximo dia
Trazer a tua presença
E os escassos minutos
De na tua voz, me poder embriagar
Que me faça recusar
Renegar esta morte precoce
Que os outros chamam de "sono"
Eu chamo-lhe desespero
Pois, quando ela acaba
É sozinho que me acordo
Com o teu lugar a meu lado
Ainda por ocupar
-Dark_Planet (Lí por aí, n´"O meu Bloguinho")

Palavra do dia

pinar

meter pinos em;
prov., folgar.

segunda-feira, dezembro 19

MFOX Klan--------->Tuga Power

Somos adeptos incondicionais da matança, especialmente se o sangue for cibernético... À falta de melhor criou-se um Klan em que a malta tem especial apetência por se matar uns aos outros! Sugiro que não se intrometam entre estes indivíduos, sob pena de headshot imediato, sem possibilidade de retorno.
Trata-se de um clã novo, especializado em fumos e retórica agressiva, em que imperam os eternos "pó krlh", "fdp" e "omg".. não se brinca em serviço!


O Mfox Klan é o nome que se arranjou para um ponto de convívio e reunião, onde se fala até às 3h da manhã sem matar o inimigo, à volta de um qualquer caixote impossível de subir.
Muito Fumo Olivais Xelas - para os incultos é ao que a sigla se refere - é absolutamente anti-cheats, anti-lammes e anti-campers. Praticam-se tácticas em aim maps e jumper style, para controlo da machinegun, e do boneco em si.


Se és adepto do jogo (e estamos a falar de CS 1.6) e curtes um molho aniquilar o adversário, se deres contigo sem ter quem matar, vem levar uns headshots no MFOX Klan em 213.13.157.37:22206



Um abraço de apreço a todos os adeptos de Counter Strike, muito em particular aos fundadores deste novo espaço lúdico, que já fidelizou muitos internautas, o people do MFOX Klan.

Make no mistake... u will die!
- Cavalero e Molghus

sábado, dezembro 17

Preocupações

Chegou o Natal... as prendas da loja dos chinas, os embrulhos... nem sequer fiz árvore de natal este ano! Não tenho putos, não tenho prendas para ninguém, não quero nem dar nem receber, o que pode tornar a época um bocado difícil. Chegou aquela altura em que perdi a vontade de falar com a maior parte do people que conheço... cortei o contacto com a maioria dos energúmenos que me chulavam a boa-disposição e alegria, com as pseudo-amigas da trancada e com os pseudo-amigos dos fumos. Reduzi a minha lista do msn a meia dúzia de contactos bacanos, que não pedem nem dão nada em troca da palheta e da converseta, aos demais, hasta la pasta! Quem foi ainda pede justificações, que não fez nada, que tal e coisa, as pessoas não se mancam?!?! Se me eliminassem seja de onde for, eu não ia pedir batatinhas, mas isso sou eu.
O melhor desta época, é mesmo preparar a passagem de ano, comprar alcool e fumos, carne em barda, umas grades de birras, alugar o place da desgraça e, melhor melhor, só mesmo a viagem para lá. Nem gosto de pensar em mais nada.



Mas chamei a isto preocupações, porque apesar de todos os que deixei para trás, uns com mais justiça, outros com menos, uns com mais pena, outros nem tanta assim, ficam as recordações, los recuerdos de tudo o que fomos e vivemos juntos, os piores momentos em que nos abraçámos em busca de conforto e em que aquele ou aquela agora-ninguém foi tudo para nós, aquele instante... esse agora é tão só um imenso lago profundo de saudade. Lá dizia o sonoro, que o meu cantante das rectas curvantes teimava em berrar a plenos pulmões em todas essas viagens pelo passado, que o que foi não volta a ser. Não dizia era que o que foi, não foi bem assim. O adorno, o resto que eu gostava, aquilo que tornava tudo bom porque era real, era apenas a idiótica sensação de conforto que tinha, não eram as pessoas, não foram as situações nem os instantes buenos, foi mesmo a estranha sensação de harmonia que eu próprio me permitia sentir com aquelas pessoas naqueles momentos, era ilusão pura e dura; era eu próprio bem comigo mesmo, meramente happy.
Preocupo-me com eles, que ficaram ali atrás em género de resolução de novo ano que se avizinha, e desejo-lhes tudo de bom que a vida lhes possa dar (a alguns pelo menos), mas nada resta a ser dito, estou sem palavras mais que não estas, sem razões mais senão as que enumerei... Resta a preocupação, a saudade do bom sentimento, e esse desejo. É a minha prenda de Natal este ano, para todos os que ficaram no caminho, e para todos os que teimo em ainda trazer comigo (porque no meu entender e no meu coração, a antiguidade não é de facto um posto, é apenas prova de bom caracter); preocupo-me convosco e desejo o tal Bom Natal a todos.

terça-feira, dezembro 13

Frente a frente

Nada podeis contra o amor,
Contra a cor da folhagem,
contra a carícia da espuma,
contra a luz, nada podeis.


"Trust" por Robert anderson



Podeis dar-nos a morte,
a mais vil, isso podeis
- e é tão pouco!

- Eugénio de Andrade

terça-feira, dezembro 6

Una palabra


Una palabra no dice nada
y al mismo tiempo lo esconde todo
igual que el viento que esconde el agua
como las flores que esconde el lodo.


Una mirada no dice nada
y al mismo tiempo lo dice todo
como la lluvia sobre tu cara
o el viejo mapa de algún tesoro.


Una verdad no dice nada
y al mismo tiempo lo esconde todo
como una hoguera que no se apaga
como una piedra que nace polvo.


Si un día me faltas no seré nada
y al mismo tiempo lo seré todo
porque en tus ojos están mis alas
y está la orilla donde me ahogo,
porque en tus ojos están mis alas
y está la orilla donde me ahogo


Carlos Varela

segunda-feira, dezembro 5

Este inferno de amar

"Profane Love" (oil on wood, 20" x 20") por John Jacobsmeyer

Este inferno de amar – como eu amo! –
Quem mo pôs aqui n'alma... quem foi?
Esta chama que alenta e consome,
Que é a vida – e que a vida destrói –
Como é que se veio a atear,
Quando – ai quando se há-de ela apagar?

Eu não sei, não me lembra: o passado,
A outra vida que dantes vivi
Era um sonho talvez... – foi um sonho –
Em que paz tão serena a dormi!
Oh! que doce era aquele sonhar...
Quem me veio, ai de mim! despertar?

Só me lembra que um dia formoso
Eu passei... dava o sol tanta luz!
E os meus olhos, que vagos giravam,
Em seus olhos ardentes os pus.
Que fez ela? eu que fiz? – Não no sei;
Mas nessa hora a viver comecei...

-Almeida Garret

terça-feira, novembro 29

Palavras Cruzadas

Já houve um tempo em que não dispensava um quadradinho destes por dia!



Ainda há pouco enquanto me perdia por entre 300.000 sites que não quero ver em busca de informação que sei não ir encontrar, fui surpreendido por uma situação fora do normal: Minidicionário Ideológico e Cruzadístico.
Olha se eu tivesse isto nos meus tempos de jogador granda maluco do quadrado preto e branco!
Ninguém me agarrava...

Genial

segunda-feira, novembro 28

AJJ



Batista Bastos:Alberto João Jardim não é inimputável, não é um jumento que zurra desabrido, não é um matóide inculpável, um oligofrénico, uma asneira em forma de humanóide, um erro hilariante da natureza. Alberto João Jardim é um infame sem remissão, e o poder absoluto de que dispõe faz com que proceda como um canalha, a merecer adequado correctivo.Em tempos, já assim alguém o fez. Recordemos. Nos finais da década de 70, invectivando contra o Conselho da Revolução, Jardim proclamou: «Os militares já não são o que eram. Os militares efeminaram-se». O comandante do Regimento de Infantaria da Madeira, coronel Lacerda, envergou a farda número um, e pediu audiência ao presidente da Região Autónoma da Madeira. Logo-assim, Lacerda aproximou-se dele e pespegou-lhe um par de estalos na cara. Lamuriou-se, o homenzinho, ao Conselho da Revolução. Vasco Lourenço mandou arrecadar a queixa com um seco: «Arquive-se na casa de banho».

sexta-feira, novembro 25

Palha Importante

Estava ali o ruído oco de sapato contra a calçada... do meu lado direito mesmo pertinho da cabeça, e vinha de trás. Mais ao lado consigo perceber uma buzina de um autocarro, seguida de uma travagem (não cheguei a ouvir o barulho da pancada que se terá seguido). Aqui tão perto só oiço vozes, dois velhotes que respiram alto e um papagaio pequenito verde que está constantemente a debicar uma semente teimosa.
Estalou algo junto à porta. O papagaio parou, os velhotes retiveram a respiração e todas as pessoas se calaram em simultâneo.. silêncio sepulcral com origem num estalido de porta.
Como som ambiente passa somente o zumbido de quatro computadores e um ventilador que forneça quentinhos à área.Vuuuummmmmmmm... mais nada.





Acordei, estava transpirado! Corri para a porta da sala, saquei do meu minirádio e sentei-me na ombreira do móvel a ouvir o relato do trânsito na A5 (o sentido Cascais Lisboa de manhã é sempre complicado)... ao que parece, os mais espertos tentam passar pela esquerda, e os mais parvos não deixam entrar ali à frente. Ontem terá sido igual, ou não.
Deitei-me num estado de espanto fora do habitual... tanta nova informação sobre o tráfego na A5... tinha de reflectir sobre a situação. Isto é, foi informação transmitida directamente do helicóptero para eu ouvir no meu rádio pequenino às tantas da matina ali sentado. O que mais me intriga não é o senhor do helicóptero saber que eu tenho um rádio e que o vou ouvir se ele falar do dele, é mesmo o facto do gajo me querer transmitir aquela informação sobre a A5 assim de repente, e para além do mais ele sabia que eu o ia estar a ouvir, e isso não tem explicação ainda na minha cabeça.Bem, depois comecei a ouvir a senhora da meteorologia e... o gajo das noticias, o outro que passa o som, ouvi uma série deles e sem dúvida o mais interessante foi o do trânsito de manhã.




Adiante...
O gasóleo baixou... foi bem lembrado. Não se lembraram a tempo nem com muita força, mas é de louvar. Se puderem mais vezes a malta agradece. Era isso e gajedo com a T-shirt atada sobre o piercing do bigo a atestar à malta obrigatóriamente nas Estações de Serviço. Fica a sugestão. Eu não atestava mais por isso, mas sempre saía das bombas com o sorrisinho.
Tá aí o frio, é imperioso começar a pensar em convívios com ninas em locais quentinhos. Parece-me sensato escolher os dates no próprio quarto ou no da respectiva...
Agradecia que usassem aquela porra ali em baixo... tive uma trabalheira para por essas merdas todas por aí... se não houvesse queriam ter, diziam que era feio e não tinha nada... agora tem ali isso e outras coisas, ah e tal, as pessoas não curtem essas cenas, tá todo cheio de mariquices e o camandro... mas em que é que ficamos??? agora pus essas cenas todas por aí, não vou tar a tirar certo? é mais fácil começarem a usar e não falamos mais nisso. Os comments é outra que tal... mas nem falar disso hoje se não começo a ficar violento.


Convém frisar que estão a decorar as ruas para o Natal e ainda falta um molho. Vão fazer bué da publicidade outra vez entre os bonecos de sábado de manhã.. isso por acaso lixa-me um bocado a vida... eu tenho mais que fazer que estar a ver a publicidade sábado de manhã... então um gajo acorda é para ver os bonecos! Sinceramente...



Só gostava de dizer mais duas coisas: jigajoga e fait-divers.

quinta-feira, novembro 24

Quem morre ?

Morre lentamente
quem se transforma em escravo do hábito,
repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca
Não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente
quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente
quem evita uma paixão,
quem prefere o negro sobre o branco
e os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoinho de emoções,
justamente as que resgatam o brilho dos olhos,
sorrisos dos bocejos,
corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente
quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho,
quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho,
quem não se permite pelo menos uma vez na vida,
fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente
quem não viaja,
quem não lê,
quem não ouve música,
quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente
quem destrói o seu amor-próprio,
quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente,
quem passa os dias queixando-se da sua má sorte
ou da chuva incessante.
Morre lentamente,
quem abandona um projeto antes de iniciá-lo,
não pergunta sobre um assunto que desconhece
ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.

Evitemos a morte em doses suaves,
recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior
que o simples fato de respirar. Somente a perseverança fará com que conquistemos
um estágio esplêndido de felicidade.



"Que se esconde" por Sérgio Rodrigo


Plabo Neruda - Poeta chileno (12/7/1904-23/9/1973). Prêmio Nobel de Literatura de 1971, militante comunista, antifascista e anticlerical, é considerado uma das maiores vozes da poesia latino-americana, autor de Vinte Poemas de Amor e uma Canção Desesperada (1924).

quinta-feira, novembro 17

Pistas

Nem sempre deixo
traços
Por onde andei...
Algumas vezes
Só indícios,
meros resquícios,
a denunciar meus
passos
nos vastos espaços
em que se move
quem sempre amei...



"Espero que estejas do outro lado à minha espera" por Paulo Penicheiro



Invisíveis laços,
que o coração revive
em forte compasso,
lembranças bonitas
que de nós, um dia,
juntos sonhei...


"Cais da Mourisca" por José Branco



Quem dera, evitar
pudesse, o vazio
desse desperdício
e, nesses resíduos,
deixar marcados
os abraços e beijos,
que para ti guardei...

.::Domrs::. - ©2005

Saudade

São de nada tempestades, ante a falta que me fazes.
-David Mourão Ferreira, lido numa parede por aí.

quinta-feira, novembro 10

É apenas mais um dia


Sem Rumo,
Sem Vontade.
Desiludido com o destino,
Nem vontade pra continuar.
Olho para o passado,
Com dor, eufuria.
Choro o presente,
E assim passa um dia.

quinta-feira, novembro 3

Uncried



"where are we heading? your left is my right
we're in a dead end, hopin' that I see the light"

quarta-feira, novembro 2

A não perder


Jack Johnson regressa a Portugal, dia 13 de Março no Pavilhão Atlântico.

Quentinhos

Andei ali a cuscar uns livros sobre quentinhos que vêm do sol


Duche com quentinhos do sol, tem lá um livro sobre a cena... podes aprender a fazer uma situação para aquecer água, a Sociedade do Sol é muito completa, muito activos...


Depois este senhor também me parece bem, tem umas animações muito ao seu estilo como este


Game Mata Sapo


Tenho mais umas coisas mas não digo tudo hoje... vou matar mais sapos.

domingo, outubro 30

Sabes?

Há os que não sabem mas sabem que não sabem,
São humildes ensina-os.
Há os não sabem mas têm a mania que sabem,
São ignorantes evita-os.
Há os que sabem mas não sabem que sabem,
Estão adormecidos acorda-os.
Há os que sabem e sabem que sabem,
São sabios segue-os.


Claudia Neto

A POIS É

O mundo está dividido em 3 classes:

1ª Os que fazem acontecer

2ª Os que vêm acontecer

e

Os que perguntam o que aconteceu?

quinta-feira, outubro 27

Permanência

Acontece por vezes que o dia de ontem e o de hoje se perpetuam incessantemente numa espiral de momentos cíclicos.


A ilusão de permanência, não só no tempo mas também no espaço, é que me baralham a molécula!

Sem x-pli-ca-ção...

Keyra Augustina...
Para quem não conhecia, podem começar a agradecer!


Para quem conhece sabe bem que vai voltar a carregar nos Links...

quarta-feira, outubro 26

Revolta

Desculpem lá



Mas estou tão triste que hoje só eu posso ter razão,
sinto tanto que mais ninguém sente como eu sinto...

As vossas definições valem zero..
As palavras de conforto soam-me a piedade

Não me interessa o que me possam dizer,
só eu sinto assim, eu sei o q sinto.
E quem assim sente tem de estravazar.

Que tudo vá a merda,
revolta-me explicar coisas a pessoas...
Que são pessoas sem explicação!

Há coisas q se sentem, não se dizem!
Amén! Haja quem entenda isto.
Tenho palavras que o meu silêncio pronuncia da melhor forma.
E são quase só minhas, sei que são.

Pessoas ocas... só conheço tresloucados,
basta-me um amigo que me abrace.
Sinto a falta da lambidela do meu cão.

Revolta-me a ignorância das pessoas cultas,
angustia-me a ausência consumada.
E sei que permaneço frio se teimar em não me tapar.

(Odeio ter de lhes dar um chá bem dado.)
(Gostava mesmo era de lhes dar o arroz. )

Não me defino por metades, branco ou preto!
Vivo os tons de cinzento, brinco com os talvez...
Porém, floreados só qd mos impõem.

Sim ou não!

Grito se me apetece... não se me dizem.
Choro se o sinto, nunca porque convém.
Mas sou tão fingido quanto o camaleão.
Se não se nota é porque ninguém atenta.

Confere?

Deus vos dê em dobro aquilo... daquilo que para mim desejaram.

terça-feira, outubro 25

segunda-feira, outubro 24

Escravo da gente

Já faz um tempo que esqueci como me sentar no escuro...
que não sei onde fica uma porta fechada,
que não me encontro comigo mesmo

Não me lembro já de pensar no ontem
e recordar os embaraços e alegrias,
mas todos os dias planeio o amanhã.




Se me oiço ontem respirar aqui,
vejo-me... miragem de calma aparente.

Num momento transbordo o destino,
e sou então escravo da gente.

sábado, outubro 22

10 Things I hate about you

I hate it when you talk to me
And the way you cut your hair
I hate the way you drive your car
I hate it when you stare

I hate your big dumb combat boots
And the way you read my mind
I hate you so much it makes me sick
It even makes me rhyme

I hate the way you are always right
I hate it when you lie
I hate it when you make me laugh
Even worse when you make me cry

I hate it that you're not around
And the fact you didn't call
And mostly I hate the way I don't hate you
Not even close, not even a little bit not any at all.

--From the movie "10 Things I hate about you"

Cavaquinho



Pois não é que durante anos, houve um senhor que não nos passou cavaco... e o trocadilho já está mesmo gasto, mas não deixa de ser verdade! Agora por fim, e mais vale tarde do que nunca, eis que o pai político do profeta da Tanga surge, ressuscitado da sua Tumba Académica, para nos salvar do caos em que tombámos... Oh meus senhores... Santa paciência mas parece-me que lá teremos de ouvir as ilustres aulas do Professor Cavaco, em directo e em horário nobre nos canais Tugas. As alternativas são para quem pode ( e mais uma vez aqui, desigualdade entre os Tugas...) Tvnabo e Antena Esterenóica

UFOS



Eles vieram num disco voador de madeira de pedra aparafusados com pregos de aço sem cabeça. Eles eram assim grandes verdes e maus e tinham 1 olhos;
Tentaram-me decapitar pelo pescoço e deixaram-me uma pelezinha assim pequenina e eu sobrevivi... depois tentei-me suicidar a mim mesmo mas não consegui!

quinta-feira, outubro 20

Perceptível

Li num blog da concorrência... quer dizer, sabemos bem que não temos concorrência, mas enfim...

Não ipomtra a odrem das lrteas de uma plravaa...
De aorcdo com uma pqsieusa de uma uinrvesriddae ignlsea, não ipomtra
em qaul odrem as lrteas de uma plravaa etãso, a úncia csioa
iprotmatne é que a piremria e útmlia lrteas etejasm no lgaur crteo.
O rseto pdoe ser uma bçguana ttaol que vcoê pdoe anida ler sem
pobrlmea. 'Itso é poqrue nós não lmeos cdaa lrtea isladoa, mas a plravaa
cmoo um tdoo.
Sohw de bloa

Gripe das Aves no Porto


A gripe das aves já chegou ao Porto. Foi uma águia que a trouxe, há 40 mil infectados e um pinto em estado de coma!!

quarta-feira, outubro 19

Verdade absoluta

"O amor é apenas uma questão de oportunidade. De nada vale encontrar a pessoa certa antes ou depois da altura certa"

Malta Pachola

O País está a recuperar... não sei se já repararam mas o Benfica marca e o Povo acredita de novo... anda tudo mais feliz, temos de apertar o cinto mas fazêmo-lo com um estranho sorriso estúpido!
E não sabemos porque sorrimos... será porque o Nuno Gomes resolveu atinar com os golos, ou porque o Simão vale um balúrdio e é guita no banco? Também pode ser porque calámos os Bimbos com duas bolas na anilha! Pode ser também porque o Peseiro fez as malas e abalou do Sporte.. não sei, mas eu acho que ele estava lá bem! Ele percebe do Sporte e, a meu ver, devia ficar.
Já pró Porto, insisto na mudança de Direcção, por todas as razões.. imagem, competência, honestidade, transparência, já para não falar de educação, cortesia, estética, mínimo de formação... não lhes fica nada bem aquele mano a mandar.
Sou a favor de gajas nuas nos intervalos, situações caóticas no relvado... só para desorientar (um pouco mais) a Malta Pachola. Nós curtimos mamas grandes a valer, motores, pele... podem pôr gajas boas em cima de motos a fazer acrobacias perigosas nos intervalos dos jogos? Ou passarem muitas vezes o anúncio da Maxim, aquele do trampolim. Mesmo sem motores no anúncio, e apesar de tudo o que possam dizer, é dos melhores que já vi do género, a uma revista!
Podiam distribuir cerveja gratuitamente à entrada das igrejas, antes da missa. Sempre ajudava o tempo a passar e aumentava a afluência de malta Domingo de manhã nos locais de culto. Para além de melhorar o ambiente da cena, mais descontraído e tal. Já tou a ver naquela parte de cumprimentar o people à volta, em que se diz quando se aperta a mão "Com a benção de Cristo...", estou mesmo a ver grandes abraços e logo palheta para acertar as compras prá sardinhada da tarde. Era diferente.
Estava a pensar também numa situação do género dar uma bagalheta nas trombas do Sócrates, também ajudava a moral a subir, uma bagalheta diária (com força medida para não haver excessos - limite imposto e tudo) rifada aos Tugas. Ajudava às finanças também porque sabe-se bem que os Tugas gostam quase tanto de jogar como de mulheres.
Um grande bem-haja.

Aquilo que se viu



Acho que fica aqui bem um agradecimento público ao Sôr Fernandes... ganda maluco!!! Atão o Nuninho passou, recebeu de peito, chutou e foi "aquilo que se viu"... Vê lá se fazes isso mais vezes!

segunda-feira, outubro 17

Koeman

Eu acho que este Homem fala bem...



«Na segunda metade, os meus jogadores deram tudo, estiveram mais tranquilos e fomos fortes defensivamente. Aliás, fomos os únicos em campo», começou por afirmar Ronald Koeman.

In Jornal «A Bola» a propósito do Banho de Bola dado pela equipa que orienta e que vulgarizou o FCP na noite passada.

quinta-feira, outubro 13

Mães e Mulheres



A Mãe e o Pai estavam a ver televisão, quando a Mãe disse: "Estou cansada e está a fazer-se tarde. Vou deitar-me". Foi à cozinha fazer umas sandwiches para os almoços do dia seguinte na escola, passou por água as taças das pipocas, tirou carne do congelador para o jantar do dia seguinte, confirmou se as caixas dos cereais não estavam vazias, encheu o açucareiro, pôs tigelas e talheres na mesa e preparou a cafeteira do café para estar pronta a ligar no dia seguinte. Pôs ainda umas roupas na máquina de lavar, passou uma camisa a ferro e pregou um botão que estava a cair. Guardou umas peças do jogo que ficaram em cima da mesa, e pôs a agenda do telefone no sítio dela. Regou as plantas, despejou o lixo, e pendurou uma toalha para secar.

Bocejou, espreguiçou-se, e foi para o quarto. Parou ainda na secretária e escreveu uma nota para o professor, pôs Num envelope o dinheiro para uma visita de estudo, e apanhou um caderno que estava caído debaixo da cadeira.

Assinou um cartão de parabéns para uma amiga, selou o envelope, e fez uma pequena lista para a mercearia. Colocou ambos perto da carteira.

Nessa altura o Pai disse lá da sala "Pensei que tinhas ido deitar-te"

"Vou a caminho" respondeu ela. Pôs água na tigela do cão, e chamou o gato para dentro de casa. Certificou-se que as portas estavam fechadas. Espreitou para o quarto De cada um dos filhos, apagou a luz de um candeeiro, pendurou uma camisa, atirou umas meias para o cesto da roupa suja, e conversou um bocadinho com o mais velho que ainda estava a estudar. Já no quarto, acertou o despertador, preparou a roupa para o dia seguinte e arrumou os sapatos.

Depois lavou a cara, pôs creme, lavou os dentes e acertou uma unha partida.





Por essa altura, o Pai apagou a televisão e disse: "Vou deitar-me" E foi... sem mais nada...

Por BeaTTriX

Misters, Lós e o Filho do Diabo

Amigos, companheiros... hoji fô dia Santa... hoji fô dia de Graça! Quem fez o Mundo fô Deuse!
Começo por vos dizer, desde já que aquele belo poema postado pela Sua Excêlencia de sua graça Lós Telmos é uma compilação única de Sabedoria e bom Senso! Revela acima de tudo, uma forma de estar na vida, própria de quem se conhece e de quem sabe o que sente!!! Este posicionamento que Lós assume é de louvar e enaltecer... o mérito a quem de direito, e fica feita a justa menção.






Agora... o Poeta! José Régio enquanto poeta do sentimento, retrata mais que tudo o resto, estados de alma fiéis, estados porque todos passamos e não sabemos exprimir... há que saber ler também, para nos sabermos conhecer. Régio ensina-nos algo sobre todo e cada um de nós, traça a nossa angústia, visualiza a nossa efemeridade e expõe-na com a crueldade das palavras certas, imola-nos num descontentamento praticamente irreal, o de quem limpidamente nos vislumbra apenas por sermos humanos - verdadeiro mérito de Poeta!
Conheço-me tão pouco, que ouso deixar o verdadeiro Mestre retratar-me com mais uma de suas sublimes obras... Aos misters que nos acompanham e reconhecem o génio e o talento, deixo-vos a virtude em poesia, mais uma vez pelos manuscritos do Poeta a quem Manuel Bandeira em 1942 teve o desplante de apelidar de "o maior dos vivos". Avaliem por vós.




POEMA DO SILÊNCIO

Sim, foi por mim que gritei.
Declamei,
Atirei frases em volta.
Cego de angústia e de revolta.

Foi em meu nome que fiz,
A carvão, a sangue, a giz,
Sátiras e epigramas nas paredes
Que não vi serem necessárias e vós vedes.

Foi quando compreendi
Que nada me dariam do infinito que pedi,
-Que ergui mais alto o meu grito
E pedi mais infinito!

Eu, o meu eu rico de baixas e grandezas,
Eis a razão das épi trági-cómicas empresas
Que, sem rumo,
Levantei com sarcasmo, sonho, fumo...

O que buscava
Era, como qualquer, ter o que desejava.
Febres de Mais. ânsias de Altura e Abismo,
Tinham raízes banalíssimas de egoísmo.

Que só por me ser vedado
Sair deste meu ser formal e condenado,
Erigi contra os céus o meu imenso Engano
De tentar o ultra-humano, eu que sou tão humano!

Senhor meu Deus em que não creio!
Nu a teus pés, abro o meu seio
Procurei fugir de mim,
Mas sei que sou meu exclusivo fim.




Sofro, assim, pelo que sou,
Sofro por este chão que aos pés se me pegou,
Sofro por não poder fugir.
Sofro por ter prazer em me acusar e me exibir!

Senhor meu Deus em que não creio, porque és minha criação!
(Deus, para mim, sou eu chegado à perfeição...)
Senhor dá-me o poder de estar calado,
Quieto, maniatado, iluminado.

Se os gestos e as palavras que sonhei,
Nunca os usei nem usarei,
Se nada do que levo a efeito vale,
Que eu me não mova! que eu não fale!

Ah! também sei que, trabalhando só por mim,
Era por um de nós. E assim,
Neste meu vão assalto a nem sei que felicidade,
Lutava um homem pela humanidade.

Mas o meu sonho megalómano é maior
Do que a própria imensa dor
De compreender como é egoísta
A minha máxima conquista...Senhor!




Que nunca mais meus versos ávidos e impuros
Me rasguem! e meus lábios cerrarão como dois muros,
E o meu Silêncio, como incenso, atingir-te-á,
E sobre mim de novo descerá...

Sim, descerá da tua mão compadecida,
Meu Deus em que não creio! e porá fim à minha vida.
E uma terra sem flor e uma pedra sem nome
Saciarão a minha fome..