Está um pouco amarelo demais, este fundo... não que eu tenha algo de muito importante para vos dizer - apenas e novamente aquela vontade imensa de contactar alguém!
Existe a possibilidade de nem me responderem, mas se de facto alguém é mau na verdadeira acepção da palavra, quem de entre nós tem extremo prazer em magoar e desiludir, essa pessoa sou eu. É então um risco calculado, bem menor do que aquele que correriam vós nas mesmas circunstâncias.
A realidade tem-me empurrado inúmeras vezes na vossa direcção, com mais ou menos força... sempre que observo um qualquer sorriso apaixonado, lembro-me de vocês sem saber bem porquê. Outros momentos me têm feito sentir abusivamente estúpido, quando sem perceber como, a vida pára diante de mim, um vazio imenso apodera-se do meu volátil físico e permaneço horas a pairar no desencanto da minha ignorância.
Não vos tento hoje encantar com doces falas mansas, julgo que alguns de vós o sabem bem demais,porém não trago na boca nem na caneta a razão do meu não-silêncio. Nem sempre escrevo deste modo, só a quem pretendo impressionar, e nos momentos mais solenes. Aqui, escrever-vos assim é tão natural quanto mágico - é o mais parecido que tenho com uma razão para vos abordar. Ainda que me digam que não são necessárias justificações para dizer seja o que for, eu preciso sempre de uma boa desculpa para não estar calado...
Têm-me dito sempre que as fadas não existem, desde que o assumiram como verdade?! Eu acredito nas fadas às vezes, quando cerro os olhos da raiva de ver e quando os pisco muito para ver bolinhas. Acredito num «não-sei-quê» superior a algo bom, necessáriamente muito melhor que nós. Não me consigo ver no buraco desde que fixei o «não-sei-quê».
Deixem-me esclarecer algo... quando eu vos parecer confuso, acreditem-se quando vos digo que apenas sou difuso, Não sei dizer melhor o que me vai cá dentro, e por vezes, raras ocasiões, a impressão que deixo na pupila de quem me vislumbrou da outra margem por uma fracção de segundo no meio de tantos outros como eu, é a fiel imagem de quem eu sou. Tem-me sido difícil encontrar esse caramelo para lhe perguntar o que viu de verdade.
Passei por um problema grave que deixou sérias marcas - correu bem. A imagem do coitadinho a pensar como tudo seria se corresse mal, num qualquer psicólogo de Lisboa junto a uma mesa que tresanda a mofo e a cigarros apagados depressa demais, diz muito do que não vos consigo explicar. A existência é uma coisa marada... devia ser negada a si própria/mesma para acabar com este e outros problemas, Ser finito é diferente de viver a prazo, e é nesta diferença que reside a nossa realização, bem como o nosso mais inconformado desespero. Eu vi tudo assim face à minha pequenez, a possibilidade de me transformar num ser iogurtado, com o prazo carimbado à vista de quem nos olha nos olhos em busca de resposta. A treta de um tropeção que acabou em bem...
Existe a possibilidade de nem me responderem, mas se de facto alguém é mau na verdadeira acepção da palavra, quem de entre nós tem extremo prazer em magoar e desiludir, essa pessoa sou eu. É então um risco calculado, bem menor do que aquele que correriam vós nas mesmas circunstâncias.
A realidade tem-me empurrado inúmeras vezes na vossa direcção, com mais ou menos força... sempre que observo um qualquer sorriso apaixonado, lembro-me de vocês sem saber bem porquê. Outros momentos me têm feito sentir abusivamente estúpido, quando sem perceber como, a vida pára diante de mim, um vazio imenso apodera-se do meu volátil físico e permaneço horas a pairar no desencanto da minha ignorância.
Não vos tento hoje encantar com doces falas mansas, julgo que alguns de vós o sabem bem demais,porém não trago na boca nem na caneta a razão do meu não-silêncio. Nem sempre escrevo deste modo, só a quem pretendo impressionar, e nos momentos mais solenes. Aqui, escrever-vos assim é tão natural quanto mágico - é o mais parecido que tenho com uma razão para vos abordar. Ainda que me digam que não são necessárias justificações para dizer seja o que for, eu preciso sempre de uma boa desculpa para não estar calado...
Têm-me dito sempre que as fadas não existem, desde que o assumiram como verdade?! Eu acredito nas fadas às vezes, quando cerro os olhos da raiva de ver e quando os pisco muito para ver bolinhas. Acredito num «não-sei-quê» superior a algo bom, necessáriamente muito melhor que nós. Não me consigo ver no buraco desde que fixei o «não-sei-quê».
Deixem-me esclarecer algo... quando eu vos parecer confuso, acreditem-se quando vos digo que apenas sou difuso, Não sei dizer melhor o que me vai cá dentro, e por vezes, raras ocasiões, a impressão que deixo na pupila de quem me vislumbrou da outra margem por uma fracção de segundo no meio de tantos outros como eu, é a fiel imagem de quem eu sou. Tem-me sido difícil encontrar esse caramelo para lhe perguntar o que viu de verdade.
Passei por um problema grave que deixou sérias marcas - correu bem. A imagem do coitadinho a pensar como tudo seria se corresse mal, num qualquer psicólogo de Lisboa junto a uma mesa que tresanda a mofo e a cigarros apagados depressa demais, diz muito do que não vos consigo explicar. A existência é uma coisa marada... devia ser negada a si própria/mesma para acabar com este e outros problemas, Ser finito é diferente de viver a prazo, e é nesta diferença que reside a nossa realização, bem como o nosso mais inconformado desespero. Eu vi tudo assim face à minha pequenez, a possibilidade de me transformar num ser iogurtado, com o prazo carimbado à vista de quem nos olha nos olhos em busca de resposta. A treta de um tropeção que acabou em bem...
2 comentários:
Difuso? Confuso? Ou apenas um ser humano que exercita o seu cérebro, pensando?... Seja o que for, digo-te uma coisa: escreves com a alma! Beijos***
As fadas são luz que nos rodeiam cheias de pequenas esperanças que nos fazem brilhar os olhos e acreditar que a vida vale apena, sempre, nem que seja porque amanhã nos pode reservar uma nova surpresa...
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