quarta-feira, abril 27


Quando a noite já vai longa é quando mais sinto o medo de estar só. Esse é o maior de todos os meus medos. No silêncio da noite, grito mas teimas em não me ouvir. Quando a noite já vai longa deambulo por entre paredes vazias de cor, frias. Com o passar das horas o cansaço invade-me, o esforço para manter a alma viva torna-se caro, porque é na noite que te reencontro, quando a noite já vai longa, no preciso momento em que adormeço e fecho os olhos voltas para mim.

segunda-feira, abril 25

Pensamento do dia

Porque é que o FCP ganha quando o Quaresma e o McCarthy jogam
juntos? Porque os defesas contrários não conseguem estar com um
olho no preto e outro no cigano!

This is my message to you...



Redemption Song

Old pirates, yes, they rob I;
Sold I to the merchant ships,
Minutes after they took I
From the bottomless pit.
But my hand was made strong
By the 'and of the Almighty.
We forward in this generation
Triumphantly.
Won't you help to sing
These songs of freedom?
-'Cause all I ever have:
Redemption songs;
Redemption songs.

Emancipate yourselves from mental slavery;
None but ourselves can free our minds.
Have no fear for atomic energy,
'Cause none of them can stop the time.
How long shall they kill our prophets,
While we stand aside and look?
Ooh!Some say it's just a part of it:
We've got to fullfil the book.
Won't you help to sing
These songs of freedom?
-'Cause all I ever have:
Redemption songs;
Redemption songs;
Redemption songs.

---
/Guitar break/
---

Emancipate yourselves from mental slavery;
None but ourselves can free our mind.
Wo! Have no fear for atomic energy,
'Cause none of them-a can-a stop-a the time.
How long shall they kill our prophets,
While we stand aside and look?
Yes, some say it's just a part of it:
We've got to fullfil the book.
Won't you help to sing
These songs of freedom?
-'Cause all I ever had:
Redemption songs
-All I ever had:
Redemption songs:
These songs of freedom,
Songs of freedom.

quinta-feira, abril 14

SE


Se podes conservar o teu bom senso e a calma,
Num mundo a delirar para quem o louco és tu;
Se podes crer em ti, com toda a força da alma,
Quando ninguém te crê; Se vais faminto e nu,
Trilhando sem revolta um rumo solitário,
E à turva intolerância, à negra incompreensão,
Tu podes responder, subindo o teu calvário,
Com lágrimas de amor e bençãos de perdão;

Se podes dizer bem de quem te calunia;
Se dás ternura em troca aos que te dão rancor,
Mas sem a afectação dum santo que oficia,
Nem as pretensões de sábio a dar lições de amor;
Se podes esperar sem fatigar a esperança;
Sonhar, mas conservar-te acima do teu sonho;
Fazer do pensamento um arco de aliança
Entre o clarão do inferno e a luz do céu risonho;

Se podes encarar com indiferença total,
O triunfo e a derrota - eternos impostores;
Se podes ver o bem oculto em todo o mal
E resignar, sorrindo, o amor dos teus amores;
Se podes resistir à raiva ou à vergonha
De veres envenenada a frase que disseste
E que um velhaco emprega, eivada de peçonha,
Com falsas intenções, que tu jamais lhe deste;

Se és Homem para arriscar todos os teus haveres
Num lance corajoso, alheio ao resultado,
E, calando em ti mesmo a mágoa de perderes,
Voltas a palmilhar todo o caminho andado;
Se podes ver por terra as obras que fizeste,
Vaiadas por malfeitores, desorientando o povo,
E sem dizeres palavra e sem um termo agreste,
Voltares ao princípio, a construir tudo de novo;

Se podes obrigar o coração e os músculos,
A renovar o esforço, há muito vacilante,
Quando já no teu corpo afogado em crepúsculos,
Só existe a vontade a comandar "avante";
Se, vivendo entre os pequenos, és virtuoso e nobre,
Ou vivendo entre os grandes conservas a humildade;
Se inimigo ou amigo, o poderoso e o pobre,
São iguais para ti, à luz da eternidade;
Se quem conta contigo encontra mais que a conta;
Se podes empregar os sessenta segundos
Dum minuto que passa, em obra de tal monta
Que esse minuto se espraia em séculos fecundos;

Então, ó ser sublime, o mundo inteiro é teu;
Já dominaste os tempos e os espaços;
Mas ainda para além um novo sol rompeu
Abrindo um infinito ao rumo dos teus passos;
Pairando numa esfera acima deste plano
Sem recear jamais que os erros te retomem,
Quando já nada houver em ti que seja humano,
Alegra-te meu filho,
Então, serás um HOMEM!

Titulo original - "If", de Rudyard Kipling (Escritor e poeta inglês do séc. XIX)
Tradução de Félix Bermudes (adaptado - a melhor tradução ever!)

Por teu amor morreria

Mas por teu amor morro a cada dia

Sofro por não ter o teu olhar

Doi me quando te vejo passar

Sinto me de vidro

Quando passo despercebido do teu olhar

Amo te

E não quero deixar de te amar

Mas quero amar e por ti ser amado

Desejo te sem fim

Quero te so para mim

Será que não ves que me estas a magoar

Que até o meu ser estou a abandonar

Faz me renascer

Da me uma razão para para viver

Viver ao teu lado

O não te ter faz me doer

O não te tocar faz me desejar

A tua ignorancia faz me morrer


quarta-feira, abril 6

O que fazer

Quando o saber não o sabe resolver

Com quem falar

Quando se esta mais para lá

Porquê?

O quê?

Ja não sei o que sinto

Mas sei que estou famito

de quê! já não sei

Porque o que soube ja esqueci

E o que esqueci

Ja não quero lembrar

Pois tenho medo

De que algo que me lembre me possa magoar

Haverá algo para me recordar?

Porque o que foi já era

E o que ira ser

ser!!

Ou nunca ter sido

Ter!!

Sem nunca ter sentido

E a isto é que se chama

Estar vivo

Pensamentos


segunda-feira, abril 4

O que encontrei

Cordas agora já não tenho, desamarrei-me. Apenas só um nó por desatar, que o tempo o tire de mim e largue no vento para nunca mais voltar...mas amor...agarra comigo o guarda chuva porque esse é meu, e não quero voar sozinha na tempestade, quero tê-lo aqui comigo, e apesar de não me refugiar da vida matreira...oferece-me a inocência que já não tenho, protege-me da maturidade que me faz perceber as coisas...oferece-me a criança livre e feliz que já fui outrora...

Posted by right_mirror in o sol da tua alma

domingo, abril 3

Wish You Were Here

Estava sentado entre dois bancos, vista de rio em primeiríssima linha, divagando sobre técnicas e teorias estranhas demais para serem relembradas.

Custo simbólico, percepção lúcida das coisas todas a troco de imaginário semi-concretizado.

A realidade que me envolve é tão gira, tão linda que se ousa sonhar um pouco, viajar para lá do rio até ao oceano, depois dos mares para uma ilha distante com portal de acesso ao paraíso dos prazeres inimagináveis. Pelo caminho vemos cores em espiral, arco-iris disformes que nos hipnotizam levemente, fazem-nos ver gnomos e unicórnios rosa, gigantes e serpentes encantadas, escadas para o céu, pontes para o infinito.

Estamos numa viagem cósmica, entre dois pontos ao lado um do outro pelo caminho mais comprido mas no transporte mais rápido. Até chegar são mil e um dias de espanto, sufoco para arfar, mergulhos, correrias... mil dias com um final feliz, no milésimo a felicidade encolhe por termos terminado o percurso, mas aumenta por conhecermos o destino finalmente. E novos caminhos se abrem, ainda que o ponto de partida possa ser o paraíso, nós vamos... está-nos no ser viajar, está-nos na alma partir seja de onde for.

E eu já a estou a ver mesmo daqui, desta margem sentado entre dois bancos verdes como o jardim que me rodeia. Ali animação, por cá chill out... entramos no cone de aceleração abrupta que nos transporta até à ilha, porque lá encontro o teu sorriso, vejo a tua imagem de ontem e apaixono-me novamente num ciclo perpétuo de desarmonia/harmonia, encanto/desencanto...

Weirdo!