- Sois bizarro. Sois estranho! Alongais-vos em delírios inimagináveis, perscrutais pérfidos trilhos, obscuros, negras silhuetas escondidas em arbustos, apontadas ao abismo que procurais.
- Ah! Escondei-vos assim, desgarrada criatura. Revejo-vos agora, espelhais-vos num irritante sibilo. Resposta mais não ouvireis.
Sinais de nevoeiro, escuto-me chegar ao longe - és sublime! O início do passo que dás, o valor que entregas aos teus actos, a ousadia de avançar.
- Porém, escutei-vos.
Deixo-te retroceder, se assim optares, que aprendizes forçados regressam à lavoura. Defendo o livre-arbítrio. Um passo atrás ou um passo à frente?
Desgraças, alheias tormentas que vos invadem, sussurram pragas e aniquilação. Distantes, para lá dos Montes de Olimpo, mesmo onde os Mundos se iniciam e terminam, vejo fracos como aqui. Frágeis.
Distintamente em declínio, vejo-os erguerem-se.
Em uníssono como nunca, heis semelhantes seres finalmente algo firmar. Uma vaga de ocas almas! Pranto! Lamento grunhido aos céus, dores paridas em cantos, essa forma de estar que vos impele para o retrocesso.
- Agora, hoje, entendeis o que penso? Será loucura a vontade de cerrar os olhos, viver pesadelos negros por opção? Delírios, dizias?
- Não vos escuto. Sois sem sentido, a razão não é vossa confidente. Sois bizarro, Sois estranho!
- Agora, hoje, entendeis o que penso? Será loucura a vontade de cerrar os olhos, viver pesadelos negros por opção? Delírios, dizias?
- Não vos escuto. Sois sem sentido, a razão não é vossa confidente. Sois bizarro, Sois estranho!