segunda-feira, dezembro 7

Internal Field Separator

Escuto incessantes ruídos, que importunam! Estorvam o suave fluxo de sinapses afundadas que me revisitam. Estou perplexo! Cada ténue nota emitida pelo bater do coração, assume a verdade e clama inocência.

De explorador, tomo-lhe o gosto e perpétuo a indelével caminhada para o expectável desconhecido.

Sou pequeno em demasia, dizem-me obscuras vozes que o meu corpo teimoso não escuta.

Que sou limitado na minha visão, turva pelo coração que me engana e desmente a razão. Desmente a própria realidade, distorce-a, ofusca-a e ilude-me sem piedade. Mulher, tal qual..

Aaah.. e espero que o chão se eclipse numa fugaz fracção de milésimo de segundo, que o Mundo ali tropece e se afunde na espiral do vazio. Careço de compaixão, como sempre.

Crês tu, num simples semblante carregado, porque assim tudo fará menor des-sentido?

Silhueta de cores desgarradas que me toma, abraça-me as formas e discute comigo como deveremos permanecer. Sou o todo que me engoliu, num lance fortuito decidiu atropelar partes erradas, engolir pedaços mortos, enterrar lanternas fundidas. Silhueta bela de onde te vejo partir, sonho com dias que ainda recordo como reais, porque sei que jamais o serão.

Rejeito fotos, imagens e pertences de um futuro que não chegou. Aragem limpa tem tanto quanto de pérfida, ilude a calma, e diz-me que é simples.. E é.. tudo é tão simples que basta olhar.

És a palavra que dizes, o gesto que fazes. Tantas vezes és nada, e nada mais consegues ser, passe o tempo que passar, assim o serás.

Sonho que não te conheci e espero não acordar.

quarta-feira, setembro 9



“I love you as certain dark things are to be loved,
in secret, between the shadow and the soul.”

- Pablo Neruda

domingo, julho 26

Em ti há qualquer coisa



Em ti há qualquer coisa que me anima
em ti há qualquer coisa que me transcende
que me queima as palavras que não rimam
em ti há qualquer coisa que me prende
.
é qualquer coisa imensa que vem de cima
e desce sobre mim quase me ofende
meus sentidos domina e desanima
mas a minha vontade não se rende
.
a vontade é de ferro no meu peito
mais feroz que a ânsia da saudade
é mais pura do que com o olhar com que te enfeito
é mais pura do que a força da verdade
e se a minha vontade me seduz
é maior do que orgulho e que a verdade
é só ela que me acalma e te reduz
só ela me transporta à realidade.

sexta-feira, maio 8

Nonsense



Dizem que chorei 3 vezes no ventre da minha mãe.

Ninguém acredita quando digo que consigo voar por cima de ruas vazias em terras onde nunca nasci ou que adivinho as palavras ainda não pensadas dentro das pessoas. Um dia convido os deuses para vir beber um café na tasca da esquina e tiro uma fotografia.

Sei que os gatos sonham com pombas azuis.

Eu,

Sonho com as distâncias enormes que te consigo percorrer na pele.

Viver é perigoso e por isso digo:

Todas as noites assassino o meu coração enquanto decoro a geografia total das artérias como se fossem as avenidas dos homens. A viagem interior é a maior viagem que um dia farei.

Amanhã, quando acordar, vou tentar não me esquecer de usar o vestido vermelho e comprar um bilhete para onde nunca fui e onde já fui tudo.

E tu,

Se esperares um pouco , ainda consigo descobrir os horários dos barcos que se vão atravessar nos meus olhos enquanto escutas os pássaros que tenho à volta do coração.

Puxa uma cadeira e fica à espera do sol ou então deixa-me só um pouco de silêncio... enquanto encostas a porta.
Ana Saramago
in minguante

Focus



If the fall into love happened so rapidly, it is perhaps because the wish to love has preceded the beloved - the need has invented its solution. The appearance of the beloved is only the second stage of a prior [but largely unconscious] need to love someone - our hunger for love moulding their features, our desire crystallizing around them. [But the honest side of us will never let the deception go unchallenged. There will always be moments when we will doubt whether our lover exists in reality or as we imagine them in our minds - or whatever they are not just a hallucination we have invented to prevent the inevitable loveless collapse.]
‘Essays in love’ - Alain de Botton

segunda-feira, abril 27

the hours turn into days but still it feels like morning


gosto que me aconteças, é de fé.
.
encontro-te
na fúria do inesperado,
na rotina
do usual imaginário.
encontro,
mas nao ouso procurar,
.
esperas quase sempre dois minutos,
e chocas,
desta vez não fingiste alcançar,
abandonando-me
na mais longa de todas as esperas,
a de que um novo desastre aconteça.

domingo, abril 12


McNulty: You know why I respect you so much, Bunk?
'Bunk': Mm-mmm.
McNulty: It's not 'cause you're good police, 'cause, y'know, fuck that, right?
'Bunk': Mm. Fuck that, yeah.
McNulty: It's not 'cause when I came to homicide, you taught me all kinds of cool shit about . . . well, whatever.
'Bunk': Mm. Whatever.
McNulty: It's 'cause when it came time for you to fuck me . . . you were very gentle.
'Bunk': You damn right.
McNulty: See, 'cause you could have hauled me out of the garage and just bent me over the hood of a radio car, and . . . no, you were, you were very gentle.
'Bunk': I knew it was your first time. I wanted to make that shit special.
McNulty: It was, man. It fucking was.

quinta-feira, abril 2

help I'm alive


my heart keeps beating like a hammer.
hard to be soft, tough to be tender.

if you're still alive
my regrets are few
if my live is mine
what shouldn't I do?
I get wherever I'm going
I get whatever I need
while my blood's still flowing
and my heart still beats.

-Metric

segunda-feira, março 30

In Pause Mode Until Someone Press Play


Ainda ontem assisti a um nascimento. Uma rua vazia
encheu-se de beijos pendurados em candeeiros, onde
fadas azuis cintilantes percorriam com a língua a
geometria dos corpos que passavam. Há horas em que
estou quase feliz. Tenho um cd novo da Fnac e
fotografias por revelar do perfume do teu pescoço.
Mas cada vez durmo menos, porque tenho um espelho
de elevador com trunfos na manga que me diz todos
os dias em que regresso a casa:
- Se me ajudares a pisar o chão cheio de flores
que está lá fora não te mostro os reflexos das
lembranças que tens afogadas nos olhos.
Hoje, finalmente abri a boca em espanto e reparei
que tenho um coração partido na língua e 5 minutos de vida.
- Quero dançar no teu corpo e sentir o meu peso nas tuas mãos.

Ana Saramago
in minguante

sexta-feira, março 20

The most important things are the hardest to say

«They are the things you get ashamed of, because words diminish them - words shrink things that seemed limitless when they were in your head to no more than living size when they're brought out. But it's more than that, isn't it? The most important things lie too close to wherever your secret heart is buried, like landmarks to a treasure your enemies would love to steal away.
And you may make revelations that cost you dearly only to have people look at you in a funny way, not understanding what you've said at all, or why you thought it was so important that you almost cried when you were saying it.
That's the worst, I think. When the secret stays locked within not for the want of a teller but for the want of an understanding ear.»
-Stephen King

stripes on a green field

sábado, fevereiro 21


Conto o tempo que falta
Primeiro em dias
Depois em horas
Finalmente em minutos
como um obstáculo
Que me separasse de ti


E só quando chegas
Percebo afinal
Num momento fulgurante
Que o tempo é
Apenas um caminho



Que me leva sempre
Onde tenho de ir.


Luís Ene

Finish your collapse and stay for breakfast


Bien, siempre olvido decirte lo que realmente importa, siempre me quedo sin palabras cuando hablo contigo, son tantas cosas las que quiero compartir que me asalta esta especie de inseguridad en mis argumentos………. Olvido decirte que te quiero.
Yo, un idiota con la cabeza afeitada y poco más dejo mucho que desear en todo lo que toco, en todo lo que pretendo plasmar……. Nunca acierto en la diana, me queda sólo esta sensación de saber que me queda algo por decir, que me queda otra oportunidad, siempre existe ese resguardo que me salva de mis autismos sentimentales.
Yo, un idiota con la cabeza afeitada, no soy sólo esa voz en off que vacila de una prepotencia que le provoca esta sociedad en la que vivimos, me refugio en mis debilidades y eso se nota, vamos que si se nota………… Soy algo más.
Siempre he creído que lo que se expresa escribiendo no se es capaz de volver a reproducirlo hablando y eso es algo que tengo marcado en todo lo que digo en cada caldo que lidio con buen o con mal pie, lo siento pero entre otras cosas soy humano y entre otras cosas sufro la debilidad de ser vulnerable a lo que siento…………..
Llevar esta amistad, esta complicidad en silencio, en el letargo de la oscuridad me está haciendo crecer como persona y cuanto menos como ciudadano x……….. Estoy aprendiendo de ti, no sé quizás el qué y el cómo pero siento la necesidad de desafiar al mundo tras hablar contigo, siento la prepotencia de mirar por encima del hombro al resto del planeta tras colgar la conversación de rigor con la cual alimentas algo más que este vacío que a veces me abduce……….. Alimentas mi corazón.
Ha sido muy grande dar contigo y mucho más grande es el saber a ciencia cierta que es cierto, que pasa el tiempo, ya casi dos meses y esto funciona, seguimos al pie del cañón con esas ganas dementes de querer mucho mas, de querer lo que por derecho la vida nos debe, de querer que todo salga bien……….. Estoy muy seguro de ti, eso me hace partícipe de una paz interior que no he sabido canalizar a lo largo de mi vida y que por mera casualidad me veo obligado a enfrentarme a mi mismo. Me siento extraño al verme reflejado en el espejo, al hablar solo de temas que quizás nunca hubiese tocado y que por supuesto estaban destinados a ser pasto del olvido por la más absoluta manía esta de reprimir lo que hierve bajo la piel………. Bajo la piel del corazón.
Cada vez me ahoga más esta impotencia del teclado y me limito a escribirte todo aquello que por miedo no sé como decirte……….. Me atraca el impulso de morir en tus brazos, de morir en tus palabras para más tarde buscar el exilio en tu aliento y poder sentirme fuerte………. Te echo de menos. Todo siempre es mucho más sencillo y como tal mucho más duro que la misma realidad y como tal, valga la redundancia, mucho más cercano………….

Quisiera pregonar lo que te quiero a voces sordas de teclado, quisiera gritar este vacío de no tocarte, quisiera llorar las noches que me gustaría que estuvieses por aquí, pero me quedo con el consuelo de que sé que cobraré todos los intereses, de que saldaré esta deuda en algún momento, mientras tanto pago aduana al cruzar algún mensaje a tu móvil, pago el impuesto revolucionario por haberte conocido, pero me siento especial por sentir bajo mi piel lo que me trasmites y eso me hace ser algo más que un personaje anónimo destacado entre tanto sentimiento por atar……………

Son tantas las cosas que te quiero preguntar, son tantas las vivencias que quiero compartir, son tantas las ganas de seguirte el rastro que no me veo capaz de empezar yo solo… Es inevitable, juegas un papel clave al día de hoy en esta partida de ajedrez que no es otra que mi vida, sin trampa ni cartón, esta partida de ajedrez, recuerdo que siempre se ha visto destinada a quedarse en tablas, por fin comienzo a saber que puedo conseguir el jaque mate…..
Reconozco que soy débil, este correo lo pone de manifiesto, pero claro eso tú ya lo sabes………. Yo sé que lo sabes y es por esto que todo lo que pretendo plasmar cobra sentido por si solo……………………………… .. Te echo de menos.

sexta-feira, fevereiro 13

Anything that can go wrong will go wrong.

# If there is a possibility of several things going wrong, the one that will cause the most damage will be the one to go wrong
# If anything just cannot go wrong, it will anyway
# If you perceive that there are four possible ways in which something can go wrong, and circumvent these, then a fifth way, unprepared for, will promptly develop
# Left to themselves, things tend to go from bad to worse
# If everything seems to be going well, you have obviously overlooked something

# The Murphy Philosophy
Smile . . . tomorrow will be worse.

------
mais aqui

domingo, fevereiro 8

The older it gets...

Vamos começar por uma acção que implica uma indisponibilidade para a escrita de aproximadamente 3 minutos (consequência da falta de prática).

Actualmente a minha actividade leva-me a que a adjectivação utilizada possa não ser a mais requintada, apesar disto, sou perfeitamente capaz de dizer de forma peremptória algo esclarecedor e que apesar de tudo nunca me comprometerá - é mais seguro dizer que "não foram encontrados erros" do que afirmar que "tudo está correcto".
Deixei o suspense na escrita de lado. Não vale a pena esconder o que se vai acabar por dizer.
What´s important?
É bom olhar para trás com poucos arrependimentos. Importante? É talvez comer todos os dias. Mas é bom comer bem. A diferença entre o que apetece e o que tem de ser. O que apetece fazes quando podes. Pois então, o tempo passa e olho para trás. Todos olhamos eventualmente. É doce, o som do passado. Não vejo que algo possa ser de modo diferente, tudo é como é. Se ficou esquecido tal gota perdida em copo bebido, porque apeteceu ou assim teve de ser, sem arrependimentos. Não há que tentar evitar o que já ocorreu - o mal só é real para quem não entende as coisas como eu. . recordo coisas que foram, e a todas encaro com verdade. Isto, com a maior das presunções o digo, faz-me compreender muito das pessoas. Não vejo etiquetas, e pelos olhos digo-te quem és, ainda que não te conheças.
No espelho tens o inverso da tua imagem. Se colocares dois espelhos a imagem fica certa mas continuas sem saber quem és detrás do espelho. És o que faz ou espera que seja feito. És quem olha enquanto se faz? És quem faz e faz fazer, ou quem faz e deixa ver? Quem nunca fez, quem há-de fazer.. e se nada tiver a ver com o tempo? És quem quê..?
Não vejo etiquetas, e pelos olhos digo-te quem és, ainda que não te conheças. Sabemos que nem tudo é aprendido com tranquilidade, e que o que sabemos nos define. Eu sou um pedaço de ti, e de tantos outros, sou o pesadelo mais vil, a serenidade que te inquieta. Sou-o nas calmas. O que imagino não te é concebível, não é razoável aos olhos dos que se não conhecem. Espero-te na outra dimensão da razoabilidade.
Não vejo etiquetas, e pelos olhos digo-te quem és. Não sei classificar de bom ou mau, porque nada vejo assim. Cada acto é isolado de tudo o resto na sua concepção primária, porém na sua execução milhões de variáveis integram-no no real. Essas variáveis não são passíveis de qualquer controle. Ocorre o que ocorre, e nós lidamos com isso. Sei o que vais fazer, antes de o fazeres, e sei que há mais como eu.
Não vejo etiquetas, e pelos olhos digo-te quem és.

terça-feira, fevereiro 3

Simplesmente Experimentar

As voltas que o rio percorre em redor da Terra, o que ele vê, o que ele sente, as transformações que sofre da gota de água que brota da pedra da nascente ao imponente foz que serve de estrada aos barcos que seguem para o oceano. Da mais pequena folha embalada no meio da serra aos milhares de pessoas que sustenta no seu leito. Da pedra ao oceano, da nuvem à terra...o projecto do rio é existir, o prjecto da vida é viver, sentir, experimentar e morrer. Criação de Deus, da Terra, da magnifica poeira astral...Será que importa a etiologia da Vida? Ou será apenas relevante o estar, o subir e o cair, o correr e andar, o alegre e o triste....?Simplesmente...Experimentar!

segunda-feira, fevereiro 2

Pé-Leve

"Sempre que o vento soprava, Pé-Leve levantava voo. Parava no céu, onde se estendia ao comprido numa nuvem suspensa.
Olhava a terra cá em baixo, deixava-se cair. Como era muito leve, caía apenas sobre o ar. Depois, mergulhava fundo para baixo, dava aos braços e aos pés, como nadasse, até chegar à terra, o seu fundo de mar.
Ficava pouco tempo. Faltava-lhe o fôlego. Regressava para as nuvens..."


quinta-feira, janeiro 29

You learn...

Depois de algum tempo aprendes a diferença, a subtil diferença entre dar a mão e acorrentar a alma. E aprendes que amar não significa apoiar-se e que companhia nem sempre significa segurança. E começas a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas. Acabas por aceitar as derrotas com cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança. E aprendes a construir todas as tuas estradas de hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair ao meio em vão. Depois de algum tempo aprendes que o sol te queima se te expuseres por muito tempo. Aprendes que não importa o quanto tu te importas, simplesmente porque algumas pessoas se importam… E aceitas que, apesar da bondade que reside numa pessoa, ela poderá ferir-te de vez em quando e precisas perdoá-la por isso. Aprendes que falar pode aliviar dores emocionais. Descobres que se levam anos para se construir a confiança e apenas segundos para destruí-la, e que poderás fazer coisas das quais te arrependerás para o resto da vida. Aprendes que verdadeiras amizades continuam a crescer, mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que tens na vida, mas quem tens na vida. E que bons amigos são a família que nos permitem escolher. Aprendes que não temos que mudar de amigos se compreendermos que os amigos mudam, percebes que o teu melhor amigo e tu podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobres que as pessoas com quem mais te importas são tiradas da tua vida muito depressa, por isso devemos sempre despedir-nos das pessoas que amamos com palavras amorosas; pode ser a última vez que a vejamos. Aprendes que as circunstâncias e os ambientes têm influência em nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começas a aprender que não te deves comparar com os outros, mas com o melhor que podes ser. Descobres que se leva muito tempo para nos tornarmos na pessoa que se quer ser, e que o tempo é curto. Aprendes que, ou controlas os teus actos ou eles te controlarão e que ser flexível nem sempre significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja a situação, existem sempre dois lados. Aprendes que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as consequências. Aprendes que paciência requer muita prática, descobres que algumas vezes, a pessoa que esperas que te empurre, quando cais, é uma das poucas, que te ajuda a levantar. Aprendes que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que tiveste e o que aprendeste com elas, do que com quantos aniversários comemoraste. Aprendes que há mais dos teus pais em ti do que supunhas. Aprendes que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são disparates; poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso. Aprendes que quando estás com raiva tens o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobres que só porque alguém não te ama da formas como desejas, não significa que esse alguém não te ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso. Aprendes que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém; algumas vezes tens que aprender a perdoar-te a ti mesmo. Aprendes que com a mesma severidade com que julgas, poderás em algum momento ser condenado. Aprendes que não importa em quantos pedaços o teu coração foi partido; o mundo não pára para que tu o consertes. Aprendes que o tempo não é algo que se possa voltar para trás. Portanto, planta o teu jardim e decora a tua alma, ao invés de esperares que alguém te traga flores. E aprendes que realmente podes suportar mais… Que és realmente forte, e que podes ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que tu tens valor perante a vida! As nossas dúvidas são traidoras e fazem-nos perder o bem que poderíamos conquistar se não fosse o medo de tentar.

Adaptado de Veronica Shoffstall, "Comes the dawn"