sábado, janeiro 19

Espaço da parvoeira

Cara Diana,

Estava a passar e vi que podia participar..

Quero-te dizer que há muito tempo que não cheiro uma rosa, há anos que não páro no meio do campo só para ouvir o tempo passar.

Sou ocupado.

Estou ocupado demais para suportar os encantos do tempo perdido. E... esta é uma consciência triste cheia do que não era suposto ser.. Ah.. alguém entende os destinos do vento numa tarde cansada?

Um carro, vi um carro... igual aos demais na fila para lá.. para cá não se criou confusão.. obra do acaso.

Estou a comentar o espaço da parvoeira, e deixa-me que te diga, se há palavra que me desgosta é parvoeira. Faz-me lembrar um poço fundo e negro de onde apenas sais depois das mais duras provações.

Assim desconfiasse alguém das ironias do destino para o obviar..

Ah! Crês no impossível? Tal beata que emana naftalíneas prosas de descontentamento sibilado por entre cruzes e submissas preces?

Vale demais a palavra, e de menos o acto (de boas intenções está o Inferno cheio). E de filmes em sofás que te sugam o poder para mais um acto qualquer. Ficam as palavras, ficam intenções.

Zás, trás... pás de hélices num barco torto.. somos algo que paira sobre um oceano feio, fundo e frio. Há que ter um rumo, não necessáriamente um destino.

Fica o abraço,

1 comentário:

Cemideias** disse...

Bom...