Para Minerva Leclerc que nasceu em nós mas nunca chegou a viver...
Naquele momento ele só tinha olhos para ela: a sua voz, o seu cheiro, o seu cabelo encaracolado sobre os ombros, o seu olhar. Apesar de ser a primeira noite que se encontravam, isso não o impedia de sentir que a conhecia à séculos, por dentro e por fora. Se a pudesse tocar, saberia exactamente onde. Se conseguisse falar, saberia que parte da sua alma era a mais escura. Despi-la por dentro e por fora era o que desejava, mas em vez de a possuir, olharia simplesmente para ela, como se o olhar pudesse conservar, como numa fotografia, as linhas do seu corpo, a sua luz sem luar. Ama-la eternamente ama-la! Era o que pensava e também numa outra coisa...talvez apenas num conto naif...vê-la por dentro e por fora, apesar de saber que por aquela mulher...
ninguém ficou à espera para fazer o vinho!!!
ninguém ficou à espera para fazer o vinho!!!
Este texto foi inspirado na personagem de "Credo", monólogo de Enzoo Cormann,
e dedicado ao Grupo de Teatro do IPP de 2004...em particular à Marta,à Sandrine e ao Gonçalo