sábado, maio 27

Doce ignorância



Perante a perplexidade que me invade neste momento, urge colocar o preto no branco e expor a situação com a máxima clarividência possível. Rejeito o silêncio impune, a indiferença emocional latente que caracteriza o ser estranho que invariavelmente me caracteriza. Sim, envolve-me como a concha envolve o molusco, e também a mim me convém.. nem será a melhor concha, mas a melhor possível - é um refúgio. Sinto que os dias por vir serão no mínimo tão bons quanto os que foram. A onda sempre foi a mesma por aqui, é a beleza do sitio. Parece-me que se está a perder agora a essência da coisa e isso deixa-me triste. O choradinho se for sentido é sempre bem, a conversa das mamas, da bola, de poesia e o camandro.. desde que não se fale mesmo a sério e nos fiquemos pelas patacoadas normais, ou às vezes podemos falar a sério.. curtia dizer que temos alguma regra, mas somos mesmo estranhos e não temos.

já não me interessas, e queria que o soubesses.
vejo-te na sombra,
no teu quarto deitada..
Fecho a porta, apago a luz.
e num silêncio quase doce,
dou um passo e o segundo.
afogo a hesitação,
e num gesto meigo,
abandono a passagem,
a ti e ao quarto,
não quero mais saber.

ou talvez..

Tenho nos olhos,
hoje a vista que ontem partilhamos,
Imagino ainda agora,
os sonhos que antes vivemos.
Abraço as sombras que a ausência traz,
e contemplo a indelicadeza..

Deitei-me com a alma cansada,
corpo dorido de doença mal contraída.
No embalo do teu colo, minha face deitada.
Percebi num esgar de leite, uma lágrima caída.

Desentendo-te o propósito entre beijos de voz
Só um de dois sabe - dali não faz parte.
Luzes de velas por mim tremem, jamais por nós;
Que a sina de te ter não é ainda amar-te.

Escuto-te o embaraço do corpo,
ante o tempo que te entende...
Revejo momentos, no sopro
da pele que o defende.



É o nosso terceiro Junho aqui no blog... é bonito e é um momento único. Oremos então.
Planeei uma excursão a Miranda do Ribatejo, um dia aqui há tempos. E em certa altura do longo percurso, parámos como habitualmente ao quilómetro 95 da nacional 17, como quem vai em direcção a Tondelo. Comprámos as alheiras e seguimos prá festa. Só quero aqui lembrar que não se levou romãs porque havia ainda a possibilidade de comprar mais perto. Só que mais perto depois também ou não as havia boas ou eram caras.
Hoje escrevi isto e fico-me assim.

quinta-feira, maio 25

A minha Alma

Não sei que esperas de mim
Não sei o que queres que te diga
O tempo passa por mim,por ti
Já não sei quem sou
Já não sei quem és



Um sonho
Uma vida

Foi bom,doce
Agora já não me conheco
E tu quem és.
Duro,frio,Triste e só

não consigo amar porque te amei
Sabes há coisas na vida que apenas têm valor a teu lado
Lado esse...que me fez chorar
Já não correm nos meus olhos, perderam o brilho
Vazio dia a dia
apenas à espera que se fechem
Escondo-me no fumo,não penso nada faço
e aqui fico escondido no meu buraco onde tudo me afecta e nada me toca
faz tudo o que sonhamos
Sê feliz por ti por mim por tudo o que lutamos
Deves-me isso




Sem isso nada sou

Nada fui

terça-feira, maio 9




Vi-te sorrir
e o meu olhar ficou preso
em cada gesto teu

Fizeste me sorrir
Deste me vontade de ser
Quero tocar te,sentir o teu calor
A tua maneira de falar
Esse teu olhar

bem juntinha a mim
trocar palavras,gestos
a tua mão na minha
Os teus labios junto aos meus





Saber os teus sonhos
contar te os meus......